FAZENDA CATA PRETA
Alvinópolis - MG #fazenda311

1750*
A sua propriedade tinha a área de 742 alqueires, onde é hoje a Fazenda Cata Preta. Produzia milho, arroz, feijão, farinha de milho e de mandioca, doces, queijos, carnes de porco e de boi. No grande engenho, fazia da cana de açúcar a produção de rapadura, açúcar mascavo e grande quantidade de cachaça. Toda a produção da fazenda era levada aos centros consumidores, principalmente, Mariana e Ouro Preto em suas tropas de burros.

A fazenda possuía grande número de escravos vindos da África e adquiridos em São Paulo e na Bahia. Certo número deles e delas, dormia em cômodos separados no térreo da fazenda, ambos com fechaduras do lado de fora. Um detalhe muito importante era o tratamento dados aos escravos. Eles não eram mal tratados e não havia tronco e nem reprimendas hostis. Os proprietários eram católicos e não admitiam punições violentas. Em documento existente, no seu testamento, deixa bens e dinheiro para muitos escravos.

O seu povoamento teve início nas últimas décadas do século XVII, quando o sertanista Paulo Moreira da Silva encontrou ouro no rio Gualaxo do Norte e a procura de novas terras encontrou as margens do Rio do Peixe solo de alta fertilidade. A partir daí iniciou-se o povoamento do lugar, e nesse período a economia era exclusivamente agrícola e destinada ao abastecimento das cidades mineradoras de Mariana e Ouro Preto.

Em 1745, uma capela foi erigida a pedido de Paulo Moreira em sua fazenda, em homenagem a Nossa Senhora do Rosário, e curada por provisão de 20 de julho de 1754. Em 5 de fevereiro de 1891, é emancipada. Devido sua localização e importância nas rotas dos antigos tropeiros, o município está incluído no roteiro turístico da Estrada Real.

O topônimo Alvinópolis foi uma homenagem ao ilustre mineiro Cesário Alvim, ex-governador do estado.
Fonte: ipatrimonio / @paulo_victor_fa